Encontradas em todos os continentes, exceto na Antártida, as corujas vivem cercadas de lendas e superstições de mau agouro que muitas vezes impactam negativamente na preservação da vida dessas aves na natureza.
Mitos associam a aparição de corujas à má sorte. A suindara (Tyto furcata), por exemplo, também conhecida como “rasga-mortalha”, sofre com maus tratos e em casos extremos pode ser morta por pessoas que acreditam em crendices populares.
Por isso, em 04 de agosto celebra-se o Dia da conscientização pelas corujas, com o objetivo de alertar a respeito da contribuição de mais de 220 espécies de corujas para o equilíbrio ambiental.
“Elas se alimentam de lagartos, pequenos pássaros e insetos, mas a preferência é pelos pequenos roedores, ajudando no controle populacional de ratos. Portanto, a presença dessas aves diminui as chances de transmissão de doenças de roedores para humanos”, explica a veterinária Érica Silva Pellosi.
Outros fatores de ameaça são o desequilíbrio ambiental causado pela fragmentação das matas e o aumento da urbanização. “A coruja, na verdade, é um sinal de boa sorte para nós. Quando encontrar um animal deste por aí, pare e contemple sua beleza, e lembre-se do bem que ela faz”, completa a veterinária.
O zoológico da Cidade da Criança abriga um exemplar de Suindara. Porém, a visitação está suspensa temporariamente, como medida de segurança contra a transmissão do novo coronavírus.